2006-03-31
"aguasfurtadas" de volta ao espaço "Sem + Nem -"

 

A Livraria "Sem + Nem -", local onde a "aguasfurtadas" 8 conheceu a sua primeira apresentação pública, está hoje em destaque na edição Porto do jornal "Público". Mário Teixeira, responsável pelo espaço, refere o lançamento da revista como um dos principais acontecimentos ocorridos na "Sem + Nem -" [lê-se sem mais nem menos].

Eis um breve excerto do texto no "Público" (não está em linha):
"É menos um espaço do que a vontade de fazer coisas com ele - de fazer coabitar, nos mesmos não muitos metros quadrados, a venda de livros novos (a arquitectura e o design da Actar, a ciência da Gradiva, a filosofia da Assírio & Alvim) e a revenda de livros (e discos) usados, os sumos de gengibre e menta e o vinho tinto a copo, os últimos exemplares dos produtos Ecoteca e séries limitadas de objectos de design de autor, a ficção à quarta e o documentário ao sábado, os chás ayurvedicos da YogiTea e os cafés em cápsula da Nespresso, os debates sobre temas inadiáveis como o diálogo inter-religioso e o lançamento de publicações que valem a pena como a 'aguasfurtadas'."
(Jornal "Público", 31 de Março de 2006).

A Livraria/Bar "Sem + Nem -" fica na Rua dos Mártires da Liberdade, 130, no Porto.

furtado por Rui Manuel Amaral | 08:28 | 0 comentários

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2006-03-28
"Minnie March; que raio de nome é esse?"

 



"Apeada às encostas do mundo, nenhum crime, desgosto, rapsódia ou insanidade para a pobre Minnie March; nunca atrasada para uma refeição, nunca apanhada pela chuva sem um impermeável; nunca inteiramente desconhecedora da modicidade dos ovos. Chega a casa - sacode as botas."

Um brevíssimo excerto de "Uma Novela Não-Escrita", de Virginia Woolf, numa tradução de Valério Romão. Um dos trabalhos de tradução incluídos na "aguasfurtadas" 9.
Em breve, nos locais habituais.

furtado por Rui Manuel Amaral | 08:19 | 0 comentários

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2006-03-26
It ain't mean a thing if it ain't got that swing

 

"SOBRE O ESTATUTO DO DESIGNER E A ORDEM: Ser designer é como ser bombeiro, mas com um diferente grau de responsabilidade. Qualquer um que tenha a casa em chamas pode e deve apagar o fogo. Há quem ganhe gosto por isso e se voluntarie a ser ..."
* no antigo ...w.fbaup.blogspot.com


João Marrucho ou João da Concorrência,
participa com uma imagem na revista 9 e está de momento a expor na galeria Wasser Bassin no edifício Artes em Partes da rua Miguel Bombarda. Sobre a exposição vou apenas referir a entrada: um cartaz, que provavelmente não deve ser o mais caro, mas devia. Pintado na parede pode ler-se "It ain't mean a thing if it ain't got that swing". Da cabeça do João ou ilegalmente bem aproveitado de outro site, a expressão tem tudo a ver com o autor. -Existem putos crescidos? -Existem. O João é dono e senhor das maiores parvoíces, ao mesmo tempo é dono e senhor de um coração d'oiro, é dono e senhor de uma postura estratégicamente bem séria, e não admite donos nem senhores de propriedade intelectual. Está a finalizar Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes e é um nome que nunca mais acaba na pesquisa de publicações do www.blogspot.com e onde quer que haja discussões no seio da produção artística Nortenha.

Quem conhece, sabe do jeito que ele dá aos ombros a dançar, there's the swing...






não tinha nenhuma imagem do joão, usei uma minha . ele não leva a mal, sabe que também gosto de ir ao swing.


furtado por francisco eduardo | 15:24 | 2 comentários

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2006-03-22
Pedro Pedroso,

 

no artigo "uma aproximação ao dia a dia do jovem arquitecto que trabalha com o veterano Falcão de Campos"* e que colaborou na "aguasfurtadas" 8.





Existem duas, três, coisas neste mundo que a nivel espacial me continuam a fascinar dia após dia. Uma delas é a Vila de Pedrógão Grande (distrito de Leiria) outra é o Tó, o meu pai, e em seguida o Falcão de Campos. A vila, porque de facto é um lugar onde me recolho, é um espaço com que me identifico sem nunca lá ter feito obra. Gosto de a pensar como local divino, onde não quero interferir, é o meu refúgio.
O meu pai, porque arquitecta de forma sublime, um penteado há quase 20 anos, que aparentemente parece impossível. Embora que por forma humorística exponho de meus beberes, a verdade é que me transmite a funcionalidade e simplicidade que tanto uso, de um só pau se faz uma canoa, assim como de um cabelo, um penteado.
O Falcão. É um facto, dá-me um tecto, quatro paredes, uma orientação espacial, e eu que construa... e vou construir.





*entrevista realizada por Eduardo Malta na revista "Real Imaginado" de Junho de 2005

furtado por francisco eduardo | 16:51 | 0 comentários

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2006-03-21
Affonso Romano de Sant'Anna na 8.

 

PREPARANDO A CASA

Meu amigo visita sua cova
como quem vai
à casa de campo
plantar rosas.
Há algum tempo
comprou sua casa de terra.
Plantou árvores ao redor
e de vez em quando vai lá
como se vivo
pudesse ali fazer
o que só morto fará.

De vez em quando vai ver
como sua morte floresce.
Olha, pensa, ajeita uma coisa e outra,
depois volta à agitação da vida:
ama, come, faz projectos,
pois já botou sua morte
no lugar que ela merece.


A "aguasfurtadas" 8 inclui uma breve antologia de poemas do poeta brasileiro Affonso Romano de Sant'Anna, organizada por Rui Lage, que escreve também uma pequena mas esclarecedora apresentação da sua obra.

furtado por Rui Manuel Amaral | 10:06 | 0 comentários

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2006-03-18
Mau artista

 


Rui Lima e Sérgio Martins, fazem um hino ao mau artista com a participação na revista "aguasfurtadas" 9. Ligados nomeadamente ao teatro e à musica, os dois estudantes fazem parte de projectos musicais e performativos como "O projecto é grave", "Equipa B" e "Sr. Doutor, para além do espaço e grupo artístico "O Senhorio".
Destaco a folha com linhas apresentada pelos dois senhores, por ser uma homenagem àquele que paradigmaticamente "não é bom", o mau artista.


a revista 9 sairá brevemente, promete a equipa

furtado por francisco eduardo | 15:55 | 0 comentários

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espreitar a nove | 001

 



Foi depois de ter obtido a imagem anterior numa baforada de sorte estética que Bruno Espadana começou a atentar mais a sua objectiva a focinhos caninos. Não há problema: Bruno Espadana acredita na sorte, embora não acredite na supremacia da manipulação digital, chegando a compará-la a um solo do Armstrong gravado num Roland e reproduzido num baile de casamento. E por isso Bruno Espadana nunca casou, embora tivesse continuado a fotografar cães.

O seu trabalho mais amigo do homem será publicado na aguasfurtadas 9. Um cheirinho do mesmo fica aqui e agora.



furtado por leandro ribeiro | 12:27 | 0 comentários

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2006-03-17
A viagem ao Inferno de Moshe Ha-Elion

 

A experiência da humilhação do Holocausto e dos campos de extermínio nazis é uma marca bastante forte no pensamento e nas artes da segunda metade do século XX. Muitos foram os que morreram, mas, felizmente, alguns sobreviveram para contar a sua história, como é o caso do filósofo Emmanuel Levinas ou do escritor Primo Levi. O número 8 das "aguasfurtadas" publica pela primeira vez em Portugal o poeta de língua ladina Moshe Ha-Elion, que viu toda a sua família exterminada em Auschwitz. Nascido em Salónica, este judeu de tradição sefardita, actualmente a viver em Israel, tornou-se numa voz importante da sua comunidade. Em "La Linda Djovenika al Lager" ("A Linda Jovenzita no Lager"), poema traduzido por Mónica V. Andrade, Ha-Elion conta a história trágica da sua irmã, "que foi queimada em chamas por animais selváticos no Lager". Este autor publicou o ano passado uma autobiografia, onde recorda o destino de milhares de judeus dos balcãs. "The Straits of Hell - The chronicle of a Salonikan Jew in the Nazi extermination camps Auschwitz, Mauthausen, Melk, Ebensee" está editado em inglês e pode ser adquirido aqui.

furtado por Luisa Marinho | 19:59 | 0 comentários

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Vénus examina o coração de Jorge Mantas

 

More a loner than a wolf. More a bleeder than a bruiser. Night cruiser with a faded touch of love.
Lisa Germano

Literatura do amor e do desejo é o que se pode encontrar no blogue de Jorge Mantas, autor de "Ao Som das Raparigas em Flor", ensaio sobre Marcel Proust editado no número 8 das aguasfurtadas. "Vénus Examina o Meu Coração" fala de experiências pessoais (mais ou menos autoconfessionais?), sempre num intimismo nocturno.

furtado por Luisa Marinho | 17:10 | 0 comentários

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Imagem de Rafel Gonçalves, incluída na "aguasfurtadas" 8

furtado por Rui Manuel Amaral | 11:15 | 0 comentários

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Ao Som das Raparigas em Flor

 

"No ensaio 'Ao Som das Raparigas em Flor', Jorge Mantas procura traçar vários percursos de sons e imagens contemporâneas relacionáveis com a sinfonia de ressonâncias afectivas e temáticas da Recherche de Proust.
Entre outros, passa por Wong Kar-Wai, Eric Rohmer, Chantal Akerman, Raoul Ruiz, Erik Satie e John Cage.

Jorge Mantas recorda a perspectiva de Morton Feldman segundo a qual «o ruído é a música a sonhar-nos» e «o som somos nós a sonhar com a música» e explora a noção proustiana de que os acontecimentos não podem caber por inteiro no momento em que ocorrem e por isso transbordam para o futuro e para o passado.
Neste contexto, propõe a interpretação das palavras da Recherche como «cintilação do ruído dos acontecimentos» e sugere que captar o som de algo ou alguém é obter um fragmento da sua alma.

Assim mesmo, no número 8 da revista aguasfurtadas."

Alexandra Barreto

furtado por Rui Manuel Amaral | 08:39 | 0 comentários

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ROSA VERMELHA

 

Rosa vermelha
Rosa vermelha
Rosa vermelha

Ele levou-me ao jardim da rosa vermelha
E atou uma rosa vermelha às minhas madeixas trémulas na [ escuridão
E por fim
Adormeceu comigo sobre a pétala duma rosa vermelha

Ó pombos sem destino
Árvores inexperientes ingénuas, ó janelas cegas,
Debaixo do meu coração e no fundo das minhas costas, agora
Cresce uma rosa vermelha
Vermelha
Como uma bandeira
Na ascensão

Ah, estou grávida, grávida, grávida

Poema de Forugh Farrokhzad, em tradução de Mohsen Rostami, incluído na "aguasfurtadas" 8.

Mais informações sobre a poeta Forugh Farrokhzad podem encontrar-se aqui.

furtado por Rui Manuel Amaral | 08:10 | 1 comentários

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2006-03-14
"aguasfurtadas" na RTP

 

"Revista 'aguasfurtadas' aposta em autores pouco divulgados em Portugal.
As primeiras traduções para português da poetisa iraniana Forugh Farrokzhad e do poeta de língua ladina Moshe Ha-Elion contam-se entre as apostas da revista literária 'aguasfurtadas', cuja oitava edição está já nas livrarias."

Leia o artigo completo no sítio da RTP.

furtado por Rui Manuel Amaral | 13:27 | 0 comentários

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2006-03-13
Ainda a Sargadelos

 

Ainda a propósito da Galeria Sargadelos, não deixe de ler o excelente apontamento que a Alexandra Barreto lhe dedicou a pretexto da apresentação da "aguasfurtadas".

furtado por Rui Manuel Amaral | 20:47 | 0 comentários

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"aguasfurtadas" na Galeria Sargadelos

 

A segunda apresentação pública da "aguasfurtadas" 8 teve lugar na sexta-feira, dia 10 de Março, na Galeria Sargadelos, no Porto (Rua Mouzinho da Silveira, 294). A sessão contou com a participação de Ana Luísa Amaral, Rui Lage e António Pedro Ribeiro.

A equipa da "aguasfurtadas" aproveita para agradecer à gerência da belíssima Galeria Sargadelos todo o apoio e colaboração prestados.


De pé: Ana Luísa Amaral.


Em primeiro plano, António Pedro Ribeiro e Rui Lage (a ler).


Da esquerda para a direita: Ana Luísa Amaral, António Pedro Ribeiro e Rui Lage.

furtado por Rui Manuel Amaral | 13:07 | 0 comentários

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2006-03-09
Onde é que pára a revista?

 

"Já repararam que os portugueses andam mais macambúzios? Não é tarefa árdua lobrigar a razão: a revista "Aguasfurtadas", que já vai no seu número 8, torna-se difícil de encontrar devido a problemas de distribuição. Mesmo os mais tenazes acabam por se resignar a um fado mais negro que o negrume: privar-se dos poemas de Affonso Romano de Sant'Anna, Margarida Ferra e João Luís Barreto Guimarães, da tradução inédita de "The Book of Ahania", de William Blake, da responsabilidade de Manuel Portela, e das primeiras traduções para português da poeta iraniana Forugh Farrokhzad e do poeta de língua ladina Moshe Ha-Elion, assim como dos contos de Paulinho Assunção, Valério Romão, António Tavares Lopes e da estreia de Lourenço Bray, já para não falar da peça de teatro inédita de Regina Guimarães e Saguenail e de um extraordinário ensaio de Jorge Mantas sobre Marcel Proust, ou dos múltiplos trabalhos em diferentes áreas das artes visuais e ainda de um CD com obras de compositores portugueses contemporâneos, que acolhe as primeiras gravações da rubrica "Ostra" (Antena 2), de Pedro Coelho.

Porém, existe uma nesga de esperança nesta muralha de desânimo! É possível endereçar os pedidos directamente para

jup@jup.pt

ou"aguasfurtadas" Rua Miguel Bombarda, 187
4050-381 Porto

onde nenhum pedido ficará por atender.

E eis que os sorrisos voltam a brotar, resplandecentes, nos rosados semblantes lusos."

Alexandre Andrade.

furtado por Rui Manuel Amaral | 20:45 | 0 comentários

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posted by hmbf

 

"A Cultura que criámos é uma cultura de meia dúzia de iluminados que vivem de costas voltadas para outra meia dúzia de iluminados. Lá do meio da luminária, muito de quando em vez, surgem uns objectos obscuros, singulares, únicos. Têm a forma de algo extra-terreno, objectos não identificáveis, impossíveis de classificar em relação com a produção mais comum. São esses os objectos mais surpreendentes e entusiasmantes, são esses os objectos, pela qualidade que patenteiam e não apregoam, os que mais nos tocam. A revista aguasfurtadas é um desses objectos. Impressionante, pelo nível de exigência, exuberante, pela diversidade de matérias abordadas, inquietante, pela beleza irrepreensível que ostenta. Chega de adjectivos, nestas coisas pouco mais do que, digamos assim, motivo de desconfiança. A gente deve desconfiar sempre do elogio, é certo, mas neste caso é mesmo de ficarmos boquiabertos perante o trabalho levado a cabo por uma direcção multidisciplinar: Luísa Marino e Rui Manuel Amaral (literatura); Leandro Ribeiro e Francisco Eduardo (artes visuais); Pedro Junqueira Maia (música). Mas a primeira palavra vai directamente para os responsáveis pelo design gráfico e pela paginação, no caso Roberta Costa e Sandra Ortiga (a capa é da responsabilidade de Gabriel Loureiro), pelo equilíbrio formal, pela distribuição das matérias, pela capacidade de risco onde cada vez se arrisca menos. Dada a abrangência de conteúdos, seria exaustivo enumerar tudo o que o n.º 8 da aguasfurtadas tem para oferecer. Acreditem que a 12€, tendo em conta os conteúdos, o verbo justo só pode mesmo ser o verbo oferecer. De entre a quantidade impressionante de fotografias, imagens, ilustrações, destaco a pintura de Raquel Costa. Segundo nota biográfica no final, com aberturas para quase todos os colaboradores, ficamos a saber tratar-se Raquel Costa de uma jovem nascida no Porto em 1979. Outros trabalhos seus, encontrados nas páginas de outra revista, já me haviam impressionado. Mas a meia dúzia de reproduções aparecidas neste número permitem confirmar, ainda que sob a cautela a que uma reprodução obriga, um engenho e uma capacidade manifestos. Um dos trabalhos, intitulado How To Disappear Completely, é especialmente interessante pela forma como conjuga elementos formais e informais, figurativos e líricos, num abatimento que não deixa de ser perturbador. Na poesia, o destaque vai todo para uma breve antologia do poeta brasileiro Affonso Romano de Sant’Anna. Organizada por Rui Lage, esta recolha dá-nos conta de um poeta eclético, dos mais interessantes que a literatura brasileira viu surgir na década de 60. Trata-se de uma dúzia de poemas, dentro da qual sobressai, pela ironia certeira, Sou Um Dos 999.999 Poetas do País: «uma coisa / é fazer um verso, um poema ou mais / e receber os elogios médio-medianos dos amigos / e outra, bem outra, é ser poeta / e construir o projecto de uma obra». Ainda na poesia, mas na secção de tradução, uma aparição absoluta: a poeta iraniana Forugh Farrokhzad, traduzida por Mohsen Rostami. Tendo em conta a origem da poeta em causa, torna-se espantoso verificar a forte componente erótica (mas também política) dos seus versos. Seria interessante uma abordagem mais aprofundada da sua obra, visto a completa ausência, julgo eu, nos catálogos das editoras portuguesas. Depois, há ainda contos de Paulinho Assunção, uma peça curiosa de Regina Guimarães e Saguenail, textos sobre arquitectura, BD, Richard Wagner e um ensaio de Jorge Mantas sobre a dimensão sonora e musical da obra de Proust: «Na evidente procura obsessiva por isolamento, solidão e retiro, a máxima ambição de um Proust hipersensível ao som, para um silenciamento total da cidade, seria muito provavelmente materializada com a construção de uma câmara anecóica no seu quarto, que eliminasse qualquer eco e o isolasse acusticamente de todos os ruídos exteriores, coisa que pelas limitações tecnológicas da sua época não seria de todo possível.» Com ou sem eco, merece a aguasfurtadas uma leitura integral. O que não seria possível, claro está, sem uma leitura (sic) do CD que a acompanha, com composições de Pedro Coelho, Rui Dias, Fernando C. Lapa e Rui Penha. Imprescindível."

Henrique Fialho.

furtado por Rui Manuel Amaral | 20:30 | 0 comentários

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forma volta a citar CHRISTINA CASNELLIE

 






Carmen cita :
a ver se desta vez se aguenta como ultimo post mais do que 30 minutos.

furtado por francisco eduardo | 14:46 | 0 comentários

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Post It

 

É já amanhã, dia 10 de Março, pelas 18h30, que a revista "aguasfurtadas" promove uma sessão de apresentação do seu número 8, na Galeria Sargadelos, no Porto (Rua Mouzinho da Silveira, 294).
A sessão contará com a presença e participação de Manuel António Pina, Ana Luísa Amaral, Rui Lage, António Pedro Ribeiro, e incluirá ainda a leitura encenada de um excerto da peça de Regina Guimarães e Saguenail incluída neste nº 8 da "aguasfurtadas".

furtado por Rui Manuel Amaral | 13:55 | 0 comentários

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forma cita CHRISTINA CASNELLIE

 

O grupo FORMA CITA, responsável pela galeria Espaço JUP, tem o orgulho de divulgar a exposição que será inaugurada dia 11 de Março (este sábado) pelas 15horas.
Christina Casnellie formou-se na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e trabalha de momento no Atelier de Design "Alfaiataria" (www.alfaiataria.org) com Rui Silva. Os dois têm uma participação no numero 9 da revista àguas furtadas que sairá brevemente. Se fosse o leitor não esperava para ver... na rua miguel bombarda, será servido um Porto de honra.



half milk


furtado por francisco eduardo | 13:17 | 0 comentários

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"aguasfurtadas" no suplemento "Mil Folhas", do jornal "Público".

 

"É um caso sério esta revista que o Núcleo de Jornalismo Académico do Porto começou a publicar em 1998 e que chega agora ao seu número 8. E se o leitor ainda não tinha reparado nela, vai sendo altura de fazê-lo. Não é fácil 'resumir' o conteúdo desta 'aguasfurtadas', dedicada à literatura, à música e às artes visuais. Falemos então da música, secção editada por Pedro Junqueira Maia: além de dois ensaios, publica a revista as partituras de três peças dos compositores Rui Miguel Dias, Fernando C. Lapa e Rui Penha e, não contente com isso, traz um CD com interpretações dessas peças. Quanto à literatura, editada por Luísa Marinho e Rui Manuel Amaral, diga-se apenas que este número abre com uma pequena antologia do poeta brasileiro Affonso Romano de Sant'Anna, feita por Rui Lage (que esteve, aliás, na fundação desta revista), e prossegue com uma tradução de Manuel Portela de "O Livro de Ahania", de William Blake, e "Idade Ingrata", peça de teatro de Regina Guimarães e Saguenail."

Mil Folhas, 4 de Fevereiro de 2006.

furtado por Rui Manuel Amaral | 09:14 | 1 comentários

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furtado por Rui Manuel Amaral | 08:53 | 0 comentários

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"Publicação de grande qualidade gráfica."

furtado por Rui Manuel Amaral | 08:42 | 0 comentários

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Começar pelo princípio

 

"Já cá tenho o número 8 da revista 'aguasfurtadas'.
Comecei pelo princípio, pelos poemas do Affonso Romano Sant’Anna.
Na senda de autores como Mário de Andrade, Manuel Bandeira, e Carlos Drummond de Andrade (cuja obra estudou na sua tese de doutoramento), Affonso Romano Sant'Anna encara a poesia como uma visão de mundo que propõe perplexidades antes de metáforas bonitas. Para ele, o poeta é um indivíduo atento ao sentido da História, «interessado não apenas em calar, mas em falar/não apenas em pensar mas em sentir/não apenas em ver, mas contemplar», e capaz de perguntar, por vezes, «O que houve com a família/dos poetas do país?», ou até «Há mais poesia nos bares/que nos farelos da mesa?».

A selecção proposta por Rui Lage privilegia a vertente metapoética desta escrita. E foi um prazer ler estes poemas.

Entretanto, prometo ir falando sobre mais textos deste número, à medida que a leitura for avançando. Já reparei que há textos de Paulinho Assunção e até um ensaio sobre Proust mais à frente."

Alexandra Barreto

furtado por Rui Manuel Amaral | 08:30 | 0 comentários

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A revista que se vende na rua Miguel Bombarda

 

"A revista que se vende na rua Miguel Bombarda, 187 (Porto), traduz Moshe Ha-Elion: 'La linda djovenika al lager', coplas ladinas que contam a triste sorte de uma rapariga nas mãos dos mestres que vieram da Alemanha. Leve e mortífero, como o fumo das chaminés.
A revista é excelente. Vale a pena ir à rua Miguel Bombarda e vir de lá com um oito na testa."

Luís Januário

furtado por Rui Manuel Amaral | 08:26 | 0 comentários

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O cliente tem sempre razão

 

"O Número 8 da revista 'aguasfurtadas' já por aí anda. E se por acaso não o encontrarem na livraria onde costumam parar, exijam-no! Nenhuma livraria que se preze pode dar-se ao luxo de não ter uma revista assim..."

Sara Figueiredo Costa

furtado por Rui Manuel Amaral | 08:23 | 0 comentários

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2006-03-08
Eduardo Pitta escreve sobre a "aguasfurtadas" 8

 



"Numa altura em que tanto se discute sobre quem escreve o quê sobre vizinhos, inimigos ou amantes, talvez fosse mais produtivo reflectir sobre o estado da distribuição livreira. Vejamos. A revista aguas furtadas — assim mesmo, em minúsculas e sem acento —, órgão do Núcleo de Jornalismo Académico do Porto, chegou ao n.º 8. Não é uma daquelas revistas fininhas, com agrafo, caídas de nenhures, que as livrarias tendem a rejeitar. Pelo contrário, trata-se de um volume de irrepreensível apuro gráfico, com CD incorporado e sugestiva capa de Gabriel Loureiro. Atento o valor do marketing, nada disto é despiciendo. Ora, tendo chegado ao n.º 8, significa que outros sete fizeram o seu caminho. Acontece que eu, que frequento livrarias, e recebo publicações de todo o tipo, nunca a tinha visto. Sabia da sua existência por conversas de terceiros, procurei, não encontrei, esqueci-me dela. Presumindo que a sua existência seja de quatro anos, é caso para dizer que têm de mudar de distribuidor. Este número, datado de Outubro de 2005, mas, ao que me dizem, dado à estampa há quinze ou vinte dias, foi o que primeiro vi. Dito isto, vamos ao que interessa. A revista tem um colectivo de directores, dois do lado da literatura (Luísa Marinho e Rui Manuel Amaral), dois das artes visuais (Leandro Ribeiro e Francisco Eduardo) e um para a música (Pedro Junqueira Maia). Não cabe num post a recensão exaustiva das suas 317 páginas. Mas gostaria de chamar a atenção para parte do seu conteúdo. Desde logo, uma breve antologia de poemas do brasileiro Affonso Romano de Sant’Anna (n. 1937), organizada e comentada por Rui Lage, que faz uma boa escolha e sinaliza com acerto o lugar de Sant’Anna na contemporaneidade. Depois, uma excelente sequência de dez fotografias de Z, acerca de quem nada sei, excepto que percebe da poda. Também há Blake, como não podia deixar de ser pela mão de Manuel Portela, que introduz e traduz The Book of Ahania (1795). Não me vou alargar porque já aqui no blogue e outras assinaladas partes escrevi com empatia sobre Blake & Portela. A reter, igualmente, os poemas da poeta iraniana Forugh Farrokhzad (1935-67), de quem nunca tinha ouvido falar. Quem traduz é Mohsen Rostami, um médico iraniano radicado em Portugal desde 1987. Por ele fiquei a saber que Forugh Farrokhzad é autora do primeiro livro «aberta e declaradamente feminino» da literatura do seu país, Presa, sucessivamente reeditado, «contendo apenas e só a poesia duma mulher», facto singular na literatura persa. Além de poeta, Forugh foi tradutora de Bernard Shaw e Henry Miller, scriptwriter e cineasta, ocasional actriz (representou Pirandello), e móbil de um filme de Bertoluci. Morreu aos 32 anos. Os poemas devem fazer corar as actuais autoridades teocráticas: «O meu apaixonado / com aquele corpo nu e sem vergonha / pôs-se de pé sobre os seus caules / poderoso como a morte [...].» Descoberta gratificante, pode-se dizer. Uma sequência de Raquel Costa, Something is Cracking, dá lugar à pintura. Mais traduções, bem como secções de poesia, conto, ensaio, teatro, actos performativos, BD e música, completam este número de aguas furtadas. Produção em grande parte assinada por autores novos, muitos deles estudantes, lado a lado com nomes conhecidos, como Paulinho Assunção e João Luís Barreto Guimarães. Pela sua extensão, toda essa vasta colaboração exige leitura demorada. A fotografia tem lugar de destaque: Nuno Ferreira, Joana Beleza e Víctor Esteves devem ser seguidos com interesse. Para os entendidos, a área da música merece um tratamento que me parece consistente. O CD inclui peças de diversa proveniência, com gravações em estúdio e outras live. Gostei particularmente da faixa 4, Calcinatio, de Rui Penha (pauta a partir da Ode Triunfal de Álvaro de Campos). O comentário é curto? Talvez seja. O melhor mesmo é insistir com o livreiro para poder ajuizar."

Eduardo Pitta

furtado por Rui Manuel Amaral | 08:22 | 1 comentários

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2006-03-07
"aguasfurtadas" na Galeria Sargadelos

 

A segunda sessão de apresentação da "aguasfurtadas" nº 8, na cidade do Porto, terá lugar na próxima sexta-feira, dia 10 de Março, pelas 18h30, na Galeria Sargadelos (Rua Mouzinho da Silveira, 294).

Esta sessão contará com a presença e participação de Manuel António Pina, Ana Luísa Amaral, Rui Lage, António Pedro Ribeiro, e incluirá ainda a leitura encenada de um excerto da peça de Regina Guimarães e Saguenail incluída neste nº 8 da "aguasfurtadas".

furtado por Rui Manuel Amaral | 15:02 | 1 comentários

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Bem-vindo ao blogue da
aguasfurtadas
revista de literatura, música e artes visuais

| g r u p o e d i t o r i a l |

| i n f o |

A "aguasfurtadas" é uma edição do Núcleo de Jornalismo Académico do Porto.

Rua Miguel Bombarda, 187, R/C, 4050-381 Porto.

| n ú m e r o a c t u a l |

| a g u a s f u r t a d a s 1 0 |


Poemas de Angélica Freitas (com introdução de Ricardo Domeneck), Rogério Rôla (com introdução de Margarida Vale de Gato), Vítor Oliveira Jorge, Pedro Amaral, Gez Walsh (com tradução de Hélder Moura Pereira), Stéphane Mallarmé (com tradução de Manuel Resende) e William Shakespeare (com tradução de Manuel Resende).
Contos de António Gregório e Luís Graça.
Ensaios de Manuel António Pina, Tiago Bartolomeu Costa, Samuel Silva e João Pedro d'Alvarenga.
E ainda um texto de Óssip Mandelstam, com tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra.
Ilustrações de Arff, Ana Justo, João Marçal, Francisco Cruz, Pedro Augusto, Scotch, Ana Xé Ribeiro e Agostinho Santos (com texto introdutório de André Sousa Martins).
Fotografias de Ângelo Fernandes, António Vieira, Filipe Silva, Luís Duarte, Hélio Mateus, Sofia Serrão e Fátima Séneca.
Bd de Jorge Soares.
Partituras de Ângela Ponte, Nuno Estrela e Nuno Peixoto de Pinho.
CD áudio com obras de Ângela Ponte, Nuno Estrela, Nuno Peixoto de Pinho, Carla Oliveira, Fátima Fonte e Gustavo Costa.


| P o n t o s d e v e n d a |


Em Lisboa:
Livraria Da Mariquinhas

No Porto:
Galeria Sargadelos
Pulga
Poetria
Unicepe
Matéria Prima
Maria vai com as outras
Leitura
Livraria Utopia (Rua da Regeneração, 22; Telef.: 222 083 526).
Livraria Nova Fronteira (C. C. Brasília, Rotunda da Boavista).
Biblioteca Musical (Rua Cândido dos Reis).
Livraria Índex (Rua D. Manuel II, junto ao Palácio de Cristal).

Encomendas on-line: A revista também pode ser encomendada via internet. Para isso, basta usar os serviços de encomenda on-line das livrarias acima citadas ou através de um pedido directo para o editor, enviando um mail para jup@jup.pt.

| b l o g a r c h i v e s |























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